Antonia Morais transita entre trip hop e indie pop no segundo álbum

Antonia Morais transita entre trip hop e indie pop no segundo álbum
? Em 2014, influenciada pela vivência nos Estados Unidos e pela cena norte-americana de hip hop, a cantora e compositora carioca Antonia Morais gravou o primeiro álbum, Milagros, de textura eletrônica. Anunciado pelo single Fuel, apresentado em janeiro de 2015, o álbum Milagros saiu em abril daquele ano com sete composições escritas em inglês.

Após cinco anos e um single avulso (A santa máquina, de 2016), a artista volta ao mercado fonográfico com o segundo álbum, Luzia 20.20. O título do disco é alusivo ao nome da mulher negra, cujo fóssil – considerado o mais antigo da América do Sul – foi queimado em 2018 em incêndio que destruiu em 2018 a Biblioteca Nacional, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Gravado ao longo de duas semanas, em agosto de 2019, o álbum Luzia 20.20 começou a ser idealizado em Bonito (MS), cidade onde Antonia compôs Gaivotas, música que abre o disco de tom lo-fi.

Mixando referências de trip hop, indie pop, música brasileira e rock, Antonia Morais apresenta repertório autoral formatado com sons orgânicos e sintéticos pelos produtores Barbara Ohana e Gaspar Pini com a própria Antonia Morais.

Espera, Janela, Luzia, Manhãs, Serpente – composição concebida durante trilha na Serra de Bocaina (RJ) – e Xilíks compõem a safra autoral do álbum Luiza 20.20.

Capa do álbum 'Luzia 20.20', de Antonia Morais

Fernanda Liberti