História da Igreja de São Sebastião - parte 4


Após a derrubada da antiga Capela de São Sebastião, as missas e ofícios parram a ser realizados na Capela do Hospital Dona Balbina. Enquanto isso, a Comissão tomava providências para que as missas ocorressem na Capela de São Benedito.

Além do espólio deixado pela Dona Olympia Meirelles, a Cia Algodoeira Perondi ajudou com $200.000,00, e também ocorreu a contribuição da Cerâmica Porto Ferreira. No Santuário de São Sebastião, há um livro de ouro com as inúmeras doações relizadas pelos ferreirenses para a conclusão das obras. Por exemplo, minha família "Lanzoni" tinha uma olaria e doou tijolos, o "9L". A Festa de São Sebastião rendeu outros $79.014,19, maior saldo obtido em festas desta natureza na época. O Dr. Décio Vieira Palma forneceu todo o madeiramento da obra, derrubando 210 metros cúbicos para a construção dos andaimes, vigamento, bancos, porta, etc. Vale salientar que o empreiteiro contratado para a obra foi o Sr. José Zaniboni.

Em fevereiro de 1954, o jornal "O Ferreirense" relatou a visita oficial do Bispo Dom Paulo de Tarso para abençoar a imagem de São Sebastião do frontão, doada pelo embaixador Macedo de Soares. Os mosaicos com as setas do martírio de São Sebastião e a flor da Paixão, decorados e sobrevitrados foram feitos pela CPF em 1954.

Em 1955, a obra sofreu uma interrupção no mês de setembro, por falta de recursos. Novas campanhas foram feitas pela comissão para angariar fundos. Com a previsão de término em 1956. É preciso dar relevância que em 1955 já estavam em andamento os trabalhos do forro e contratados o serviço para os detalhes da capela do Santíssimo, executados em mármore; piso, cambre com rodapé, mesa da comunhão e altar, bem como as grades de ferro, também estava no pacote.

Em 30 de dezembro de 1956 os atos religiosos voltaram para a nova matriz, no dia 24 de dezembro na missa do galo. Com os orçamento de Cr$120.000,00 cruzeiros, o relógio da matriz foi orçado pela Câmara Municipal

Em 18 de novembro daquele ano foi feito o calçamento com pedras portuguesas na praça Cornélio Procópio e colocadas duas fontes luminosas ao lado da Igreja. Iniciaram-se a campanha do piso e em agosto de 1956, a campanha dos vitrais da parte alta; 19 vitrais ao custo de Cr$28.000,00 cruzeiros cada um.

É importante ressaltar que, em 1954, uma relíquia de São Sebastião, contraída em Roma pelo Dr, Nicolau de Vergueiro Forjaz, foi doada à igreja. Esta relíquia está desaparecida. O padre que acompanhou todo este processo foi Octaviano Pavesi, virtuoso e polêmico sacerdote.

(Contínua na próxima edição)